terça-feira, 20 de novembro de 2012

Do calor do deserto ao Marrocos!


Marrocos, oficialmente Reino de Marrocos, é um país localizado no extremo noroeste da África, fazendo fronteira ao norte pelo Estreito de Gibraltar (por onde faz fronteira com a Espanha e Gibraltar), por Ceuta, pelo mar Mediterrâneo e por Melilla; a leste e a sul pela Argélia; ao sul pela Mauritânia através do Saara Ocidental (território maioritariamente de possessão marroquina) e a oeste pelo Oceano Atlântico.



Rabat é a sede do reino e do governo marroquino. Apesar disso Casablanca, que serviu de inspiração ao filme hollywoodiano de mesmo nome, é a maior cidade do país. Com a história abaixo, entenderemos um pouco mais o história do filme.

 المغرب
(acima, Marrocos em árabe; lê-se al-Maġrib)
 
 
bandeira do Marrocos
 
 
História
 
Marrocos, assim como grande parte do Norte de África, esteve sucessivamente sob o domínio dos fenícios, do Império Romano e do Império Bizantino até à chegada dos árabes. Estes, no séc.VII, trouxeram o Islã e fundaram o reino de Nekor, nas montanhas do Rif.
 
Já no séc.XI, o povo bérbere assumiu o controle da região e governou, não só Marrocos (agregando-lhe reinos vizinhos), mas também a parte sul da península ibérica (Portugal e Espanha), até ao fim do século XII.

Em 1415 Portugal deslumbra-se com o norte da África e empreende a conquista da localidade de Ceuta onde, no século seguinte, a maior parte do litoral marroquino estava nas mãos de portugueses e espanhóis. Ceuta continua sob soberania espanhola até hoje.

Em 1904, na Conferência de Algeciras, a Inglaterra concedeu à França o domínio de Marrocos, cujo sultão tinha contraído uma grande dívida com aquele país da Europa (em troca, a França concordou que o Reino Unido governasse o Egito). Em 1859 a Espanha anexou o Marrocos ao seu território, que durou até quando o sultão marroquino Moulay Abd al-Hafid aceitou em 1912 o estatuto de protetorado francês.

A famosa Legião Estrangeira foi um empreendimento militar francês no norte da África, desde o Marrocos, passando por Argélia, Líbia, Tunísia e chegando ao Egito.

forte da Legião Estrangeira no Marrocos
 

Logo após a Segunda Guerra Mundial, de acordo com a Carta do Atlântico (assinada em 1941 pelo primeiro ministro inglês Winston Churchill, em nome de sua Majestade a Rainha Eisabeth II, e o então presidente estadunidense Franklin Delano Roosevelt), as forças vivas de Marrocos exigiram o regresso do sultão Mohammed V e em 1955 a França, que já se encontrava em abertura com a descolonização da Argélia, concordou com a independência da sua colônia, que foi celebrada dia 2 de Março de 1956.

A mudança do controle francês sobre Marrocos para as mãos do sultão e do Partido Independentista Istiqlãl ocorreu de maneira pacífica.

Em Agosto de 1957, Mohammed V transformou Marrocos em um reino, passando a usar o título de rei.

brasão Real das Armas


Em 1959, o Partido Istiqlãl se dividiu em dois grupos: um, abrangendo a maioria dos elementos do Istiqlãl, conservador e obediente a Mohammed 'Allãl al-Fãsi, apoiante do rei; outro, de carácter republicano e socialista, que adotou o nome de "União Nacional das Forças Populares". Muhammed aproveitou a oportunidade para distanciar a figura do rei dos partidos, elevando-o a um papel arbitral.
Tal manobra política contribuiu decisivamente para o fortalecimento da monarquia, como se verificou no referendo de 1962, já com Mulay Hassan, filho de Mohammed V (falecido em 1961), como rei Hassan II, em que foi aprovada uma constituição de estado monárquico-constitucional.

Um ano após, foram realizadas eleições parlamentares que levaram a conjuntura política a um beco sem saída. Tal facto permitiu a concentração de poderes em Hassan II, como ficou demonstrado na Constituição de 1970, que não sobreviveu a uma tentativa de golpe de Estado, em 1971. Sucedeu-lhe uma outra Constituição em 1972, que só foi implementada efectivamente após outra tentativa de golpe de Estado em Agosto daquele ano.
 
O ano de 1974 marcou o início de uma nova orientação da política de Hassan II, a partir do momento em que Marrocos declarou a sua pretensão sobre o Saara Espanhol, rico em minérios (sobretudo fosfato), pretensão essa que foi concretizada em Novembro de 1975, com o avanço da "Marcha Verde", constituída por 350 000 voluntários desarmados, sobre o protetorado da Espanha, que evitou o conflito e conduziu à assinatura de um acordo em que eram satisfeitas as ambições marroquinas.

Praça central em Rabat

No entanto, muitos têm sido os obstáculos à política marroquina: primeiro, a luta da guerrilha Polisário (Frente Popular para a Libertação de Saguia e do Rio do Ouro), apoiada, tanto pela Argélia, quanto mais tarde, pela Líbia, e que recusou, inclusive, os resultados de um referendo promovido por Hassan II em 1981; segundo, a condenação por parte das ONU; e, terceiro, a criação da República Árabe Saariana Democrática em 1989 (Saara Ocidental), que tem obtido o reconhecimento de um número crescente de países.

Em 1994, o então secretário-geral das Nações Unidas, Boutros Boutros-Ghali, propôs um aprofundamento das negociações com o objectivo de promover um processo de recenseamento eleitoral o mais completo possível, de modo a um futuro referendo ter uma legitimidade aceitável por ambas as partes.

Por último, é de salientar o papel que o Marrocos tem desempenhado no importante processo de paz na Palestina, através de um relacionamento equilibrado entre Hassan II e as partes beligerantes, a Organização de Libertação da Palestina (OLP) e Israel, que permitiu, nomeadamente, o estabelecimento de interesses económicos naqueles países.

Palácio Real de Rabat



No Mundo

Marrocos é uma monarquia constitucional, com um parlamento eleito democraticamente, mas em que o rei é igualmente o chefe do governo. Ao contrário da Espanha, por exemplo, onde o chefe do governo é o primeiro-ministro eleito pelo povo.

Política interna

A aliança de forças políticas que patrocinaram a independência manteve-se no poder até 1958, quando o Istiqlal assumiu o governo. Pouco depois, o partido dividiu-se em duas facções. A ala esquerda, excluída da administração central, venceu as eleições legislativas realizadas em 1960, tornando-se importante força de oposição ao Governo conservador então no poder. Em 1961, com a morte do Rei Mohammed V, subiu ao trono seu filho, Moulay Hassan, que passou a governar com o nome de Hassan II.

Política externa


De pele amorenada do sol, os turbantes, apesar do calor,
são indispensáveis para proteger o corpo das altas temperaturas.
 
 

MADE FOR MATTEL IN INDONESIA.
 
 
شكرا لزيارتك
(Obrigado por sua visita, em árabe)

2 comentários:

  1. Linda a boneca, Alê! Adorei as covinhas no rosto e também o fashion, assim como os acessórios. Essa mistura de cores - laranja e rosa - ficou linda e viva!
    Parabéns pela aquisição :)
    Bjo

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  2. Hehehe... tu é rápida, Sami! hehehe

    Obrigado pelo carinho! Eu gostei bastante dela, também!
    Agora que eu lembrei: esqueci de fotografar os sapatos dela, são os mesmos lançados na primeira Jasmine do Aladdin/Mattel, de 1992, e reproduzidos nas versões seguintes.

    Bj

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